Novidades da arte brasileira no 60º Leilão open da Blombô

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Com a temática open, a Blombô reuniu uma vasta seleção de obras de arte contemporânea no mercado de arte brasileiro.

Um dos principais destaques é o artista Lorenzato, são três obras inéditas em leilão com a temática de paisagem e arquitetura mineira. O artista está em um bom momento, seu trabalho tem sido revisitado nos últimos anos em exposições nacionais e internacionais com o trabalho de galerias de peso como Mendes Wood DM em Bruxelas e David Zwirner em Londres, ambas realizaram mostras individuais do artista em 2019.

Lorenzato, Sem título, 40 x 30,5 cm (1985)
Lorenzato, Sem título, 58 x 41,5 (1998)

No Brasil a Gomide e Co realizou neste ano a segunda individual focada em paisagens de Lorenzato. A primeira realizada em 2014, quando a galeria se chamava Bergamin e Gomide teve curadoria de Rivane Neuenschwander e Alexandre da Cunha. 

Uma obra da produção recente de Anna Maria Maiolino também será leiloada. Desta mesma fase algumas obras fizeram para da a exposição “psssiiiuuu…” no Instituto Tomie Ohtake, que foi bastante aclamada e encerrou em julho. Foram cerca de 300 obras, ocupando todas as três grandes salas do andar superior, espaço que antes só havia recebido individuais de Yayoi Kusama e Louise Bourgeois.

Arthur Pereira talvez seja atualmente o artista mais destacado na arte popular brasileira, os bichos esculpidos em madeira são sua marca e a temática do presépio é bastante desejada por colecionadores. Esta obra pelo tamanho e disposição das figuras é uma obra rara do artista.

Artur Pereira, Presépio, 58 x 50 (Déc. 80)
Lothar Charoux, Movimento, (1966) 100 x 35 cm

Este desenho de Lothar Charoux em guache com proporções inusitadas apresenta as linhas geométricas marcantes do artista em contrastes vibrantes. Charoux foi um dos destaques na recente exposição Ruptura e o grupo: abstração e arte concreta, 70 anos no MAM – São Paulo.

Siron Franco é um artista cujo legado tem sido pesquisado por galerias de peso com Almeida e Dale e Paulo Darzé, e deverá ter exposição no próximo ano. Suas obras estão expostas em importantes museus do Brasil, como o MASP de São Paulo e o MON de Curitiba. 

Siron Franco, Tormenta, (1995/97) 135 x 155

Faz parte deste leilão também, um croqui de Oscar Niemeyer, assinado, em excelente conservação. O desenho é o estudo para o projeto do Memorial da América Latina.

O leilão apresenta, pela primeira vez, uma obra do artista urbano “Tinho”  Walter Tada Nomura, um dos desbravadores da arte que acompanha os principais movimentos urbanos no Brasil, como o Skate, a Pichação, o Punk e o Hip-Hop. É também um dos precursores do Graffiti na América Latina e já foi finalista do premio Pipa.

Tinho, Expectativa e frustração, 200 x 150 
Tarsila do AmaralTarsila do Amaral, Crianças no Vilarejo, 13 x 11 cm

Dentro da seleção do Leilão também está uma gravura, “Crianças no vilarejo” de Tarsila do Amaral, feita com a técnica de Água forte sobre papel, a partir de desenho de 1950

Uma obra de Amílcar de Castro será leiloada. O artista tem grande valorização no mercado, e teve este ano uma exposição retrospectiva em Brasília, chamada “O Jardim de Amílcar de Castro: Neoconcreto sob o céu de Brasília”.

Amilcar de Castro, Sem título, 50 x 50 (1997)
Leda Catunda, tapeçaria, 61 x 117
José Antônio da Silva, Bois na chuva, 50 x 60 (1972)
Di Cavalcanti, Mulatas

Manabu Mabe,  (falta tamanho) 

Aldemir Martins

Ana Maria

Ana Maria

Jornalista com formação em psicanálise e especialização no mercado de arte.

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