Leilões da Christie’s, Sotheby’s e Phillips somam mais de US$ 1.3 bilhão no mês de maio em Nova York

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Christie’s, Sotheby’s e Phillips, três das maiores casas de leilões do mundo, somaram, no mês de maio, um total de US$ 1.3 bilhão nas arrematações de Arte Moderna e Contemporânea em Nova York, atingindo valores recordes de artistas.

Apesar de um ataque cibernético ter perturbado o seu website pouco antes da abertura das suas principais sessões em Nova Iorque, a Christie’s totalizou 640 milhões de dólares nas suas sessões de arte dos séculos XX e XXI. Com 86% dos seus lotes vendidos – sendo 89% deles dentro ou acima das expectativas -, a Christie’s acumulou US$ 413,3 milhões com arte do século XX e US$ 114,6 milhões com suas vendas de Arte Contemporânea, resultado decorrente das obras primas da Coleção Rosa de la Cruz.

As vendas da Christie’s também trouxeram valores recordes: a obra “Light String”, de Félix González-Torres, foi adquirida Pola Museum of Art do Japão por US$ 13,6 milhões, se tornando a obra mais cara do artista já vendida em leilões. Duas obras de Ana Mendieta também foram arrematadas acima do seu recorde anterior em leilões, atingindo US$ 567 mil.

O maior da noite na Christie´s ficou por conta da obra de Andy Warhol, com US$ 35,5 milhões (muito acima das expectativas mais altas, de US$ 30 milhões). A Christie’s também consolidou o preço de Georgia O’Keeffe ao vender a pintura “Red Poppy” (1928) por US$ 16,5 milhões. A última vez que a pintura foi leiloada, em 1990, havia alcançado apenas US$ 1,1 milhão.

Já a Sotheby´s acumulou US$ 633,4 milhões, incluindo quase US$ 35 milhões para uma pintura de Claude Monet, tendo sido vendidos cerca de 96% dos lotes (Cerca de dois terços dos lotes foram apoiados por garantias financeiras da Sotheby’s, de terceiros ou de uma combinação de ambos).

A obra de Leonora Carrington, “Les Distractions de Dagobert” (1945), arrecadou 28,5 milhões de dólares, mais do dobro da sua estimativa baixa, se tornando o novo recorde da artista. O comprador foi Eduardo F. Constantini, fundador do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba), confirmando o atual entusiasmo do mercado pelas obras de mulheres artistas.

A Phillips – a menor entre as três casas –, vendeu a obra mais valiosa do período: um Basquiat de 1982 foi arrematado US$ 46,5 milhões. Apesar dessa obra-estrela, a Phillips obteve o menor resultado entre as casas: o montante finalizou com US$ 110 milhões, ficando um pouco abaixo das expectativas, que eram entre US$ 113 milhões e US$ 163,5 milhões.

Fonte: Artprice.com, Christies.com, Sothebys.com e Crainsnewyork.com.

Sofia Lucchesi

Sofia Lucchesi

Sofia Lucchesi é coordenadora de comunicação da Blombô. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) com especialização em Marketing e Mídias Digitais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), atua no setor cultural desde 2015, especialmente nas Artes Visuais. Esteve à frente da comunicação de museus e galerias de arte, desenvolvendo trabalhos de marketing digital, assessoria de imprensa e relações públicas para exposições e projetos de artistas como Paulo Bruscky, Marcelo Silveira e Pedro Moraleida. Colabora com veículos especializados em cultura e Artes Visuais, além de escrever textos críticos e curatoriais para exposições de Arte Contemporânea.

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