Os institutos, fundações ou projetos de artista tem um papel essencial na preservação do legado e na organização de informações sobre nomes importantes das Artes Visuais. Eles são fundamentais para garantir que a contribuição cultural e artística dos criadores seja reconhecida, valorizada e acessível às futuras gerações.
Institutos e fundações muitas vezes possuem os recursos necessários para a conservação física das obras de arte, garantindo que elas sejam protegidas contra danos e deterioração ao longo do tempo. Isso inclui o armazenamento adequado, restauração e cuidados específicos que muitas vezes estão além do alcance individual.
Essas organizações são responsáveis por catalogar e arquivar as obras de arte, documentos, correspondências e outros materiais relevantes. Um arquivo bem organizado facilita a pesquisa acadêmica e o estudo aprofundado da obra do artista, contribuindo para um entendimento mais amplo e detalhado de seu trabalho.
Além disso, essas organizações realizam autenticação de obras, fornecendo certificados de autenticidade que garantem a legitimidade das peças, exercendo um papel crucial para o mercado de arte e para a proteção contra falsificações.
Conheça alguns desses projetos a seguir:
Fundação Inimá de Paula
Criada em 1998, um ano antes do falecimento do artista, teve a participação do próprio Inimá nos processos de origem da Fundação que leva seu nome, juntamente com colecionadores mineiros. O próprio artista atuou no início do processo e definiu os critérios para catalogação e legitimação de sua obra.
A fundação, em parceria com o governo de Minas Gerais, inaugurou em abril de 2008 o Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte.
Instituto Rubem Valentim
Em atividade desde 2017, o instituto foi criado pelo galerista Celso Albano e funciona em Brasília, sendo a realização de um sonho do próprio artista, que havia originalmente criado o Centro Cultural Rubem Valentim na mesma cidade nos anos 1980, projeto que não foi levado adiante.
Instituto Victor Brecheret
O instituto, fundado em 1999, é presidido por Victor Brecheret Filho e desenvolve trabalhos de documentação, certificação, catalogação, arquivo e editoração de livros, referentes à produção de obras de arte e cultura em geral. Apoia programas e intercâmbios educativos, sócios-culturais e de informação.
Instituto Amilcar de Castro
Em 2004, dois anos após o falecimento do artista, seu ateliê, em Nova Lima, Minas Gerais, foi transformado na sede do instituto. O local é aberto para visitação mediante agendamento prévio para todos os interessados em ver e sentir de perto a força da obra de Amilcar. Realiza certificação, restauro e registro de obras.
Projeto Hélio Oiticica
Em 1981, os irmãos de Hélio Oiticica, Cesar e Claudio, diante da urgência do desafio de guardar, preservar, estudar e difundir a sua obra, formularam o Projeto Hélio Oiticica, uma associação sem fins lucrativos com esses objetivos. Em 1996, foi inaugurado o Centro de Arte Hélio Oiticica, que funcionou até 2008, e foi reaberto em 2021 na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro.
Conheça também outras iniciativas:
- Instituto Manabu Mabe;
- Instituto John Graz;
- Instituto Rebolo (Francisco Rebolo);
- Estúdio Katia Ianelli (Arcangelo Ianelli);
- Instituto Antônio Poteiro;
- Projeto Leonilson;
- Instituto Ubi Bava;
- Instituto Tunga;
- Projeto Portinari.