Em vida, Alberto da Veiga Guignard (1896-1962) foi extremamente infeliz. Tinha lábio leporino e palato fendido, regurgitava comida pela narina durante a refeição (imaginem o custo social disso), não conseguiu ter um amor correspondido, bebia muito, passava necessidades, vivia de favor em casa de amigos. Depois de morto, provou-se que foi um dos maiores pintores do modernismo, com um universo próprio cheio de poesia. Os quadros mais conhecidos são as paisagens imaginárias de Minas, com suas igrejinhas salpicadas no espaço. No entanto, Guignard pintou também numerosas figuras de Cristo e de São Sebastião. Estas eram feitas quando ele sentia suas dores reumáticas. Uma peculiar transposição da vida para a obra, que resulta em quadros tão belos quanto o destacado abaixo, o óleo sobre tela São Sebastião.
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