Fotógrafo Leo Marino ganha exposição no site da Blombô

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Durante todo o mês de julho, a Blombô disponibiliza uma seleção especial de fotografias do artista, reconhecido por suas séries produzidas em diversas partes do mundo. 

Leo Marino é um fotógrafo paulistano e, por mais de 15 anos, atuou no mercado publicitário como diretor de arte e designer gráfico. Ao unir suas especialidades, passou a fazer pequenas intervenções em seus trabalhos, de forma com que o design e fotografia, de forma minimalista, se encontrassem por meio da colagem e composição digital, tornando suas obras únicas e facilmente reconhecidas. Leo atua também ilustrador gráfico e tem diversos trabalhos publicados, assinados por seu heterônimo “GlueHeads”. 

A obra de Leo é muito marcada por seu olhar curioso e artístico sobre os lugares que visita. Seu trabalho parece, ao espectador, quase um teletransporte à outra cultura, outra comunidade, outros horizontes. Sua série SUSEKI, porém, se destaca por ter uma proposta diferente e trabalhar com outra perspectiva, fora das cidades ou paisagens. 

A Blombô convidou o artista para uma conversa, na qual Leo compartilha sobre seu processo criativo, suas viagens, sua história com a arte e sobre suas séries SUSEKI, IN MOTION, PIXXEL, METAMORFICAS E SAMPA CITY.  Acompanhe a entrevista na íntegra e não deixe de conferir a exposição. Todas as peças estão disponíveis para compra. 

Sem título, da série UNDERGROUND

Blombô: Como começa a sua história com a arte?

Leo Marino: Desde cedo tive contato com a arte. Minha avó fazia pintura a óleo e minha mãe, artesanatos. Convivi com esses processos criativos diariamente. Aos 16 anos, optei pelo colegial técnico em publicidade. Lá, descobri e me apaixonei pelo design gráfico e direção de arte.

Blombô: Como o seu trabalho como diretor de arte e designer influencia na fotografia?

Leo Marino: Praticamente em tudo. As regras de composição são as mesmas utilizadas em layouts, como a regra dos terços, proporção áurea, sem contar a psicologia das cores e percepção dos elementos em um todo (Gestalt). Após 20 anos de carreira como designer gráfico, ficou um pouco mais prático identificar uma composição e ser mais assertivo na hora do clique. De qualquer forma, a busca de novos ângulos e perspectivas são imprescindíveis.

Blombô: Conte um pouco sobre como funciona o seu processo criativo. Como as ideias surgem para você? Como você as desenvolve?

Leo Marino: Procuro não seguir muitas regras e nem padrões. Na maioria das vezes, o próprio lugar acaba entregando a coleção. Dificilmente saio pra fotografar já com uma ideia pronta. Cada lugar pede algo diferente. Primeiro é preciso conhecê-lo. Fora isso, minha profissão me deu muita bagagem em linguagens visuais; era necessária a busca diária de referências para os projetos, nas artes plásticas, digitais, urbanas e até arquitetônicas. Isso ajuda muito na construção de um conceito, imageticamente e contextualmente falando. 

Blombô: Qual o papel que a ilustração digital desempenha em seu trabalho?

Leo Marino: Acabei unindo essas duas paixões: design gráfico e a fotografia. Procuro, sempre que possível, fazer alguma intervenção gráfica nas minhas fotos para torná-las ainda mais únicas e diferenciadas. 

Blombô: As viagens são um tema importante em seus trabalhos. Como elas funcionam em seu processo de criação e auto-conhecimento?

Leo Marino: Sim. Em viagens, o que mais me inspira, além de conhecer novas culturas e costumes, é a estética única que cada lugar possui. Desde lifestyle à arquitetura. Nos primeiros dias, acabo fotografando um pouco de tudo até identificar um padrão estético e/ou comportamental que representa aquele lugar. A partir daí, vou construindo a série ou coleção. 

Blombô: Em nossa exposição, temos algumas de suas séries dispostas. Entre elas, METAMÓRFICAS, CLOSE UP, PERSONAS, ARKI, UNDERGROUND, IN MOTION, SAMPA CITY e SUISEKI. Você pode compartilhar com a gente um pouco sobre cada uma delas?

SUSEKI

AGATHA, da série SUISEKI

SUISEKI é uma de minhas séries mais procuradas. Utilizo a técnica de Macro fotografia junto à intervenção digital. Essa série foi produzida em 2020, durante o primeiro lockdown. Precisava produzir algo mais abstrato, sem sair de casa, pois faltava isso no meu acervo. Depois de muita pesquisa e ideias, acabei lembrando de um conceito milenar que aprendi em uma viagem pro Japão. A arte milenar SUISEKI é a apreciação das pedras e valoriza aspectos como a longevidade, estabilidade e imortalidade, formada através do tempo pelo vento e pela água.

Após me aprofundar um pouco mais nesse conceito, tive a ideia de manipular digitalmente as pedras e brincar com suas formas. Uma curiosidade é que levei 3 meses para lançar essa série; confesso que tive um pouco de receio. Sou apaixonado pela fotografia de rua e estava prestes a lançar uma série com pedras (risos). Após muita insistência da minha esposa, apaixonada pela série, acabei lançando. Hoje é a série que mais vendo. “

IN MOTION 

Sem título, da série IN MOTION

Nessa série, ao contrário do que muita gente pensa, não existe  nenhum tipo de pós edição ou manipulação na imagem. O efeito produzido nela foi feito com o movimento da lente na hora do clique, chamado de ZOOMING. Tóquio é uma cidade que não para, além de ser extremamente populosa. Esta série foi feita no maior e mais famoso cruzamento do mundo, localizado no bairro de Shibuya. Assim que saí do metrô, deparei com aquela multidão indo de um lado para outro e não tive dúvidas: precisava imprimir esse movimento e essa rotina na fotografia.”

PIXXEL 

“Esta série transmite exatamente a sensação de estar em Hong Kong, uma das cidades mais densamente povoadas do mundo. Quis retratar de maneira desconstruída e abstrata a “digitalização” da realidade. Diariamente, processamos um oceano de informações de modo fragmentado e acelerado, enquanto somos parte de um todo fatiado.

Esta série transmite exatamente a sensação de estar em Hong Kong, uma das cidades mais densamente povoadas do mundo. Quis retratar de maneira desconstruída e abstrata a “digitalização” da realidade. Diariamente, processamos um oceano de informações de modo fragmentado e acelerado, enquanto somos parte de um todo fatiado.”

METAMORFICAS 

Sem título, da série METAMOFICAS

“Série produzida em janeiro de 2021, no Lajedo de Pai Mateus,  no Sertão do Cariri. São dezenas de pedras com formatos inusitados, sustentadas por um solo também rochoso, em formato convexo. Procurei fazer enquadramentos mais fechados, que acentuassem as linhas sinuosas das rochas,  abstraindo sua forma natural e conhecida dando lugar a uma nova atmosfera mais abstrata.”

SAMPA CITY / SP FRAGMENTADA 

Sen título, da série SAMPA CITY

“Malhas urbanas e detalhes de grandes edifícios que carregam muitas histórias da cidade, da arquitetura curiosa, mesclando o velho e o novo, clássico e moderno, tradição e inovação. Uma série especial na qual, através da fotografia e manipulação digital,  procuro buscar novos ângulos, novas formas e um novo olhar para o centro histórico de São Paulo.”

Comments 2

  1. Aqui é a Amanda Dias, gostei muito do seu artigo tem
    muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.

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  2. Sou a Bianca De Oliveira, gostei muito do seu artigo tem
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