O domingo de Aleluia sinaliza a última semana de quaresma, seguido pela Sexta feira Santa e Páscoa, são datas que compõem um período que nos remete à reflexão e aos rituais religiosos.
As religiões durante séculos foram os maiores patronos das artes, sobretudo as cristãs, mas também as protestantes, a islâmica e a budista, cada uma de uma forma diferente. Como representação simbólica, a arte e as religiões andam juntas há mais tempo, podemos citar os politeístas, deuses egípcios, etruscos, romanos etc…
O cristianismo teve tanto protagonismo na história da arte, que a partir dele constituiu-se um conceito artístico – A arte sacra – que é a arte destinada aos rituais cristãos, todas as obras que encontram-se em igrejas, altares e oratórios. A arte religiosa é a arte com simbolismo religioso, mas não é necessariamente Arte Sacra.
A partir do modernismo, muitos padrões formais construídos ao longo dos séculos anteriores na pintura e na escultura, deram lugar a novos conceitos estéticos.
A desconstrução, desapego do rigor acadêmico e novos temas passaram a fazer parte das artes visuais no Brasil. Dentre as temáticas em ascensão no modernismo, a cultura popular e o folclore passaram a ter valor como construção da cultura nacional. É deste período que encontramos grandes obras primas de arte religiosa de Brecheret, como a famosa obra de arte tumular “Sepultamento” e as belas esculturas de Madonna e São Francisco.
Com a arte moderna, a religiosidade passou a ter outro viés, mais como representação cultural do que imagem de devoção. Um exemplo claro desta virada encontramos nas madonas de Volpi. A arte naif também apresenta uma série de representações da cultura religiosa brasileira. No acervo da Blombô há uma série de novos artistas com esta temática, como Antônio Poteiro, Jocelino dos Santos .
Na arte contemporânea a multiplicidade de interpretações e representações de imagens cristãs é bastante vasta. Apresentamos algumas obras que representam esta diversidade.