O pai do barbeiro é o inventor do filé

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Foi tão grande o prazer de rever a Callas cantando a Habanera, da Carmen, que não resisti a lhes trazer outra ópera igualmente querida: O Barbeiro de Sevilha. Consta que Gioachino Rossini (1792-1868), seu autor, teria dito: “Me dêem o rol da lavanderia que eu o coloco em música”. Esse tipo de citação é fajuta, mas sempre bem inventada. Com sua facilidade, gênio melódico e brilho Rossini faria mesmo até da lista de roupas uma ótima ária de ópera – provavelmente cômica, que nem o Barbeiro de Sevilha. Entre 1815 e 1823, ele compôs trinta óperas (!), com um sucesso estrondoso que despertava invejas por todo lado. Quando em 1822 Beethoven o conheceu, elogiou-o francamente mas acrescentou: “Nunca tente escrever nada além de ópera bufa. Qualquer outro estilo seria uma violência à sua natureza”. Será que não há aí uma pontinha de maldade? Clique aqui para ver o excelente barítono russo Dmitri Hvorostovsky (falecido precocemente há exatamente um ano) cantando a ária mais famosa do Barbeiro.

(Em tempo: Rossini é também o inventor do filé que tem seu nome).

Paula Reis

Paula Reis

Publicitária formada pela ESPM-SP, faz parte da equipe da Blombô, o primeiro marketplace de arte online do Brasil. Apaixonada por escrever e por Arte em todas as suas formas, vem produzindo conteúdo desde os primórdios da internet e se especializando em História da Arte, com cursos pelo MASP Escola, Escola Panamericana de Arte e outras instituições. Se você tem qualquer dúvida ou sugestão para o Blog, mande uma mensagem: ela também adora conhecer novas pessoas e trocar ideias!

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