Vinhos colecionáveis (?)

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A paixão pela bebida pode mudar o perfil de ‘consumidor’ para ‘colecionador’

Poucas pessoas sabem, mas colecionar vinhos é possível e, mais que isso, é uma realidade para muitos. A paixão por alguns rótulos ou mesmo a raridade acendem a ideia e impulsionam ao colecionismo. E o mais interessante é que não há regras para começar uma coleção, como explica o curador de vinhos, Luiz Gastão Ribeiro Bolonhez. “O mundo do vinho é super complexo e da mesma forma que existem amantes de carros, existem os amantes de vinhos e eu comparo a bebida a verdadeiras obras de arte. Então, não há uma regra para colecionar, há que ter paixão.”

Com cerca de 1500 garrafas em sua coleção, Gastão conta que seu acervo é bastante variado e é formado por vinhos cujas safras são de anos que marcaram sua vida, como o ano em que ele nasceu, o ano em que ficou noivo, assim como o em que se casou. Há garrafas da bebida que foram feitas no ano de nascimento de sua esposa e de seus filhos. Aliás, ele conta que referente aos anos do nascimento dos filhos, a coleção é espetacular. Uma curiosidade, é que as bebidas podem, e devem, ser consumidas. Daí, para não perder aquela ‘memória’, vale guardar a garrafa vazia mesmo ou apenas o rótulo.

Outra possibilidade colecionável além da escolha de datas importantes, pode ser de rótulos especiais, provenientes de importantes vinícolas. Bolonhez revela que com a cultura do vinho cada vez mais em destaque, as pessoas estão em busca de informações e têm adquirido boas opções, que podem ser compradas, muitas vezes, em leilões. “O vinho ganhou uma importância de capital intelectual”, pontua o curador. Então, quanto mais detalhes acerca da bebida, melhor será a decisão na escolha.

Aliás, os leilões de vinhos é outro ponto que, para ele, deve ser levado em consideração para quem tem interesse em começar uma coleção. “Os leilões são uma grande oportunidade em adquirir bons rótulos, porque em determinados momentos, as pessoas precisam vender suas coleções. E por variados motivos, seja porque parou de beber, seja porque quer trocar os ‘sabores’, pois já não gosta mais daqueles que têm em casa.” Inclusive, a mudança do paladar, “sim, o paladar muda com o tempo”, é também um dos motivos que promovem a venda dessas coleções.

Há quem goste apenas de vinho branco e outros cujas preferências são de alguma vinícola específica. Há, ainda, os que baseiam suas coleções nas pontuações de renomadas publicações de avaliação de vinhos do mundo, como a Robert Parker. Contudo, Gastão pontua que não considera esse um bom caminho. “Acho nocivo, porque o importante é conhecer. A gente não ama o que a gente não conhece. Claro que a possibilidade de errar ao adquirir um vinho com alta pontuação é mínima, mas o que vale mesmo é aquele que agrada nosso paladar”, finaliza Luiz Gastão Ribeiro Bolonhez.

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