Blombô abre exposição de arte que marca seu 95º leilão

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Uma grande seleção de arte brasileira de artistas como Daniel Senise, Alex Cerveny, Artur Pereira, Gonçalo Ivo, Ubi Bava, Rubem Ludolf, Chico da Silva, Nilda Neves, Mário Cravo Neto, além do americano David Salle e do ítalo-brasileiro Eliseu Visconti, compõem o 95º leilão a ser realizado pela Blombô, uma das mais importantes plataformas de leilões online do Brasil. Há de citar que, para esse pregão, a escolha pelas obras traz artistas em destaque na atual Bienal de Veneza como Maria Bonomi, Amadeo Luciano Lorenzato, Danilo Diprete, Judith Lauand, entre outros. Sob o comando da leiloeira Flávia Cardoso Soares, o pregão que vai leiloar 164 obras acontece dia 7 de maio, terça-feira, às 20h, no site https://blombo.com/  Antes do leilão, as obras podem ser vistas na mostra “xxx” em exibição na Galeria Blombô, de 2 a 7 de maio, no Jardim Europa, São Paulo.  

Telas, fotografias, xilogravuras, esculturas e outras variadas técnicas artísticas pontuam a seleção para o pregão que tem entre os destaques a obra “Pierrot” de David Salle (1952), com lance inicial em R$ 580 mil, a mais cara desse pregão. Salle é um aclamado artista norte-americano. Multifacetado, aos 71 anos, o pintor, gravador, cenógrafo e fotógrafo, cria pinturas que se assemelham a colagens e apresentam imagens aleatoriamente sobrepostas e em múltiplas camadas, oriundas de diversos meios, como revistas e decoração de interiores, além da própria história da arte. As coloridas composições são apresentadas em um estilo simples e descomplicado, sobrepondo diferentes figuras e padrões. David Salle já expôs em importantes museus mundo afora como o Whitney Museum of American Art em Nova York, no Stedelijk Museum em Amsterdã, no Castello di Rivoli, em Torino, na Itália, no Guggenheim Museum Bilbao e no Metropolitan Museum of Art, ambos também em Nova York, entre outros. 

Atenção para Amadeo Luciano Lorenzato (1900 – 1995). Dono de uma trajetória singular, o pintor é considerado um dos maiores nomes das artes visuais de Minas Gerais e possui um conjunto excepcional de pinturas cujos traços perpetuaram, em obras icônicas, cenas cotidianas, favelas, paisagens e agricultura mineiras. Em exposição no principal pavilhão dessa Bienal de Veneza, obras do artista compõem, ainda, a segunda individual na David Zwirner, em Nova York, uma das galerias mais relevantes do mercado global de arte. Recentemente, uma obra do artista alcançou valor recorde em leilão, ultrapassando R$ 300 mil durante pregão realizado no Brasil. 

O renomado fotógrafo Mario Cravo Neto (1947 – 2009) é outro importante nome que compõe mostra e pregão. Mais baiano do que brasileiro, como ele costumava brincar, Cravo Neto ficou conhecido por suas criações ligadas ao sincretismo religioso que permeia o Brasil, e mais fortemente ao povo baiano com suas crenças, cores e espiritualidades. No 95º leilão da Blombô, oportunidade para adquirir a obra “Odé”, uma fotografia que integra uma série de 10 com lance inicial em R$ 30mil. 

Natural da Bahia, assim como Mario Cravo Neto, Nilda Neves (1961) também merece destaque nesse leilão. “Fim da Guerra de Canudos”, um óleo sobre tela, é um trabalho que representa bem suas características artísticas, geralmente carregadas de bom humor. Bisneta de tupis-guaranis, Nilda revela em suas obras temas ligados à vida no sertão, nas quais a cultura cangaceira nordestina, seus retirantes, animais, paisagens, folclore e atividades cotidianas, vem retratados por meio de pinceladas secas e arrastadas e sempre bastante carregadas de memórias. “Fim da Guerra de Canudos” tem lance inicial em R$ 20mil. 

Chico da Silva (1910 – 1985), cujo nome de batismo é Francisco Domingos da Silva, nasceu em Cruzeiro do Sul, Alto Tejo, Acre, é um dos nomes mais representativos da arte popular brasileira. Reconhecido como primeiro artista indígena no Brasil, foi pintor e desenhista autodidata e começou a desenvolver sua arte em muros e em casebres da cidade de Fortaleza usando giz e carvão. Suas obras surgiam de forma espontânea e, como “mágica”, memórias de sua infância vindas de sua imaginação criavam figuras poéticas, seres fantásticos e criaturas quiméricas de partiam de dragões a peixes voadores, passando por sereias, galos, insetos até sapos e cobras. Obras essas, cujos traços e fantasias, lhe trouxeram reconhecimento nacional e internacional. 

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