O interesse pelo mobiliário moderno brasileiro cresceu nos últimos anos no Brasil e no exterior. Com o aumento da procura, os valores também aumentaram. Agora, não só colecionadores, diversos públicos tem as peças oriundas do design mobiliário moderno brasileiro como objetos de desejo. São muitas as vantagens de optar por itens de mobiliário: beleza, conforto, durabilidade e valores de raridade.
Algumas peças chegam a durar mais de 50 anos, podendo ser transmitidas de geração em geração.
As madeiras utilizadas são de primeira qualidade, bonitas e muito resistentes. O Jacarandá é uma madeira em risco de extinção, bem como o Ipê e o Mogno, madeiras muito apreciadas pelo mercado nacional e internacional. Um traço marcante desta fase do design mobiliário brasileiro é a inspiração em elementos tipicamente brasileiros como clima, matérias primas e até mesmo paisagens brasileiras.
As edições produzidas pelo próprio artista são raras e possuem valor de itens de coleção porque são limitadas, conhecidas como vintage. Estas são valiosas e raras. Existem as edições – onde empresas ou estúdios possuem autorização do artista ou da família do artista para produzir. Seguem o método de produção exato conforme o artista registrou. E podem ser feitas no tempo atual. As repetições, réplicas, ou cópias que são feitas aleatoriamente sem autorização, não possuem valor como item colecionável.
A maioria das obras deste leilão são de época, produzidas pelo artista em vida, como por exemplo a poltrona Moleca de Sérgio Rodrigues. Moleca é uma versão da Poltrona Mole que Sérgio Rodrigues criou para ser destinada à exportação pois é desmontável.
A poltrona Mole de Sergio Rodrigues venceu o “Concorso Internazionale del Móbile” em 1961, na Itália. Um dos critérios analisados se referia tanto à técnica, mas também à sua procedência, relatado pela justificativa da premiação: “(…) único modelo com características atuais, apesar da estrutura com tratamento convencional, não influenciado por modismos e absolutamente representativo da região de origem”.
“De fato, a poltrona “Mole” e os outros modelos desta categoria realçam nos aspectos de montagem a adoção de soluções comuns encontradas no vocabulário do artesanato brasileiro, como o uso de cintas de couro, cavilhas e pés torneados de madeira, típicos do móvel colonial brasileiro. Outro exemplar que exalta esta técnica foi o modelo “Jangada” de Jean Gillon, com seus estofados, redes de náilon e cavilhas.” pg. 291
Jean Gillon é conhecido pela criação da icônica poltrona Jangada em 1968, e inovou com o uso de redes de nylom inspirado nas redes de pesca do litoral da Bahia.
Joaquim Tenreiro é considerado um mestre no domínio da madeira, no uso sóbrio das formas e na pureza dos traços. Seu trabalho acompanhou o desenvolvimento do modernismo brasileiro, criando um estilo próprio que entrou para a história desta fase do design brasileiro.
Outro ícone do modernismo neste leilão é a poltrona de Oscar Niemeyer, criada na década de 70 junto com sua filha Anna Maria.
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