O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque – MoMA – entrou na batalha para evitar a retirada dos murais que decoram o Y-Blokka, um conjunto de estilo brutalista que fica em Oslo, projetado pelo arquiteto Erling Viksjø em 1969. O local abrigava diversos escritórios do governo norueguês até o atentado sofrido em julho de 2011, quando um carro-bomba explodiu, destruindo e comprometendo a integridade do prédio.
Desde 2014 segue em discussão a demolição do Y-Blokka, com a possível retirada dos murais para serem colocados em exibição em outro local. Enquanto o governo norueguês argumenta que é inviável manter os imóveis vazios indefinidamente, manifestantes se unem para tentar salvar os prédios e as obras. Pouco antes dos atentados acontecerem, o Y-Blokka passaria a ser protegido pela Direção do Patrimônio Cultural.
Trabalhadores já iniciaram o processo de perfuração para retirada dos murais, porém, não se sabe como isso será feito e não há garantia de que as obras fiquem inteiras, uma vez que os murais são paredes do prédio. Martino Stierli e Ann Temkin, respectivamente o curador-chefe de design e arquitetura e a curadora-chefe de pintura e escultura do MoMA, enviaram uma carta à primeira-ministra Erna Solberg e o ministro do meioambiente Sveinung Rotevatn da Noruega, dizendo o seguinte: “escrevemos para expressar nossa grande preocupação com a aprovação da demolição do prédio governamental do bloco Y… a demolição do complexo de edifícios não apenas constituiria uma perda significativa do patrimônio arquitetônico norueguês, mas também tornaria desastrosa qualquer tentativa de recuperar ou reposicionar os murais em outros locais”.
Resta torcer para que pelo menos os murais sejam preservados, mas até o momento não há uma resposta definitiva sobre o caso.
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